Poema: Misturas
Autor: César Obeid
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As misturas fazem parte
De tudo o que conhecemos,
Das florestas às ciências,
Misturando nós vivemos.
Um paõzinho com manteiga,
O arroz com o feijão,
São misturas que guardamos
Bem dentro do coração.
Quando o sol está se pondo
E a lua é bem-vinda,
O crepúsculo aparece,
A mistura é muito linda.
Claro que os animais
Vão entrar na brincadeira,
Vamos já mesclar os bichos,
Com as rimas verdadeiras.
As misturas improváveis
Já entraram nesses versos,
Se encantem com as mesclas
Desses bichos mais diversos.
O que pode acontecer
Com essa combinação,
Misturar um cavalinho,
Com um tal camaleão?
O cavalo corre e trota,
Porém nunca muda cor.
E o camaleão parado
Muda a cor com tal primor.
E a pergunta que eu faço,
Me responda por favor:
Será que o cavaleão,
Corre muito e muda a cor?
O coelho ama o pulo,
Rei do rio é o jacaré
Misturando esses dois,
Já deu o coelharé!
Ou então é o jacarelho,
Que é o fruto da mistura,
Como será que esse bicho
Nada e pula nas alturas?
Que engraçado é misturar
Tartaruga com gatinho,
Vira uma gataruga
Ou então um tartatinho?
Seja um ou seja outro,
Eu não sei no que vai dar,
Não sei se é um bicho ligeiro
Ou se anda devagar?
Não sei se a gataruga
Ou então o tartatinho,
Terá um corpo muito fofo
Ou um casco bem durinho.
Imagine uma formiga,
Misturada a um elefante,
Vai dar uma elefiga
Ou então um formifante?
Elefiga ou formifante,
Mas que nome pitoresco,
Será que será um bicho,
Pequenino ou gigantesco?
Se for grande ou bem pequeno,
Vai amar a união,
Formifante ou elefiga
Vai ter grande o coração.
As misturas desses bichos,
Sejam do mar ou floresta,
Dão aos versos, alegrias
E as rimas fazem festa!
Já chegou a sua vez
De criar e misturar,
Crie bichos bem malucos,
Com a arte de rimar.
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